A Nature Communications acaba de publicar um artigo de cientistas da Polónia e da Bélgica sobre um mecanismo adaptativo nas variantes do SARS-CoV-2 que aumenta a adesão do vírus às células.
A pesquisa revelou uma ligação mais estável e, portanto, mais difícil de entender, das variantes do SARS-CoV-2 com os recetores nas células humanas, explica o Dr. Adolfo Poma Bernaola do Centro Internacional de Pesquisa em Biomateriais Inovadores ICRI-BioM da Universidade Tecnológica de Łódź, líder da equipa polaca de pesquisa.
Segundo os pesquisadores, as mutações no vírus, principalmente na variante Kappa, prima próxima da Delta, estão a adotar uma nova estratégia para se ligar com mais eficiência às células que desejam atacar.
Os pesquisadores levantam uma questão sobre a adaptação das vacinas às novas variantes. Após a introdução das vacinas, especialmente do mRNA, argumentou-se que a sua vantagem era que podiam ser facilmente adaptadas, sendo eficazes contra novas variantes. Visto que a variante Delta está a circular há vários meses e a variante Omicron surgiu recentemente, deve-se considerar um ajuste obrigatório da terceira dose da vacina para novas variantes do coronavírus.