No dia 6 de janeiro de 2024, a revista “Science of the Total Environment” publicou um artigo cujos autores são três cientistas polacos: a Profa. Marta Szulkin e a Dra. Zuzanna Jagiełło do Instituto de Biologia Evolutiva da Faculdade de Biologia da Universidade de Varsóvia (UW) e o Dr. Łukasz Dylewski da Universidade de Ciências da Vida de Poznań.

Os investigadores descrevem como, utilizando métodos de investigação inovadores relacionados com a iEcologia (que é a utilização de várias fontes de dados online como ferramenta na pesquisa ecológica), demonstraram o surgimento de um novo comportamento nos caranguejos eremitas. Esses animais passaram a usar plástico presente nas praias e na água em vez de conchas.

Os caranguejos eremitas precisam proteger o seu abdómen macio. Eles fazem isso escondendo-se nas conchas deixadas pelos crustáceos mortos. No entanto, à medida que um indivíduo cresce, precisa de abandonar a sua concha, e uma concha ideal é um recurso escasso no ambiente, explicam os autores do estudo.

No artigo, os cientistas apresentam possíveis direções de evolução de espécies individuais de caranguejos eremitas no Antropoceno. Os fatores que influenciam a escolha de “conchas artificiais” por esses animais incluem: a seleção sexual, o peso dos plásticos, os estímulos odoríferos e a possibilidade de camuflagem em ambiente contaminado.

Mais:

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048969723075885